(Continuando a fase de testes do blog do CS...)
Viva o mundo blog! Não apenas por este blog novinho em folha, mas por todos aqueles que têm me dado ótimas leituras (e, ok, tudo bem, tornado mais difícil sair de perto do computador). Além dos excelentes blogs dos nossos colegas CSgamers -- o GameReporter e o Gamecultura -- ando me esbaldando com o blog do pesquisador do departamento de Media Studies do MIT, o dr. Henry Jenkins. O blog dele tem o sugestivo título de Confessions of an Aca/Fan: The Official Weblog of Henry Jenkins e fala de vários assuntos pertinentes à área de "media studies", de game a YouTube, passando por comics, cinema, séries de TV.
O dr. Jenkins ficou conhecido no Brasil quando o caderno Mais!, da Folha de São Paulo, publicou um artigo em que o referido professor anunciava para a alta intelectualidade brasileira aquilo que todos nós já sabíamos: game não é um entretenimentozinho pueril, é uma forma de cultura em emergência.
No cenário dos games -- embora ele não seja um pesquisador exclusivo do formato -- ele ficou mais conhecido por compor, ao lado da dra. Janet Murray (autora do Hamlet no Holodeck) a "linha de frente" dos "narratologistas". Segundo os próprios Jenkins e Murray, na conferência da Digra em Vancouver, quem inventou essa denominação para eles foram os auto-intitulados ludologistas, mas essa briga, já famosa no mundo dos games studies, não passaria de uma invenção.
Eu, particularmente, posso dizer por que gosto de Henry Jenkins: ele não parte do game nem como um formato em si, isolado dos demais media, nem nunca quis que o game cumprisse a agenda de nenhum outro formato expressivo. Com essa perspectiva, ele evita o que para mim são os maiores problemas de alguns estudiosos dos games: de um lado, virar as costas para toda a tradição artística e cultural de onde os games emergiram; de outro, querer copiar essas tradições, para dar a seu game um "status" de arte (só porque se inspira numa "arte" reconhecida, como cinema ou literatura).
13.11.06
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3 comments:
1, 2, 3 testando os comentários...
Nem vou testar os comentários.
Gostei muito do texto Renata. Tb não acho certo virar as costas para todo caldeirão cultural, que veio antes dos games, nem também, achar que o game é arte pura e simples, por se originário de outras artes.
Não vejo os games como elementos puro de arte, por mais que se use técnicas para eloborá-los, mas o lúdico ainda está presente em 99,9% dos games, pois fingir ser alguém que não é, é uma forma de saltar de sua realidade para uma que não é minha denota isso.
Game é arte e arte virou game, eu virei game, eu sou um gamer, agora a duvida é
Ser ou deixar ser um gamer?
êeee! atividade no blog! -- mas quem comentou aí?
NUNCA deixar de ser um gamer! eu acho que essas discussões dicotômicas -- "ludologia versus narratologia", "game versus arte" -- são impostas de cima pra baixo. acho que a gente trabalha muito melhor com isso, nós que somos alunos de arlindo, santaella, que são pesquisadores que sempre trabalharam com patamares mais complexos do que essas dicotomias tolinhas.
mas eu fico feliz é que estajamos começando o blog e espero que este vire um espaço de debates :)
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