27.2.07
A Lenda de Zelda: A Eterna Luta do Bem Contra o Mal na Mais Bela Saga dos Games
Por Daniel Guimarães
Depois de toda a euforia que cercou o lançamento de The Legend of Zelda: Twilight Princess para os consoles da Nintendo em novembro último, essa parece ser a melhor hora para contarmos um pouco dessa série, que fez e continua fazendo história no mundo dos games.
Para começar, o novo jogo marca o início da primeira safra de jogos para o recém-lançado Wii, o aguardado console da nova geração que reproduz os movimentos do jogador em tempo real para a tela através do Wii-mote, seu controle. E que maneira de começar! Geralmente, Zelda só aparece um ano pelo menos após o lançamento do console, e esse, veio praticamente “encartado” com o Wii! Para a alegria dos fãs, que aguardavam pela nova aventura de Link, o Hylian orelhudo pelo mundo de Hyrule.
Por outro lado, o game também teve sua versão para GameCube! Sim! Os proprietários do Cubo não foram esquecidos (afinal, o jogo fora prometido para Gamecube!) e também foram presenteados com o último grande game para o veterano console, que sem dúvida apresenta os melhores gráficos da geração passada. O novo Zelda, portanto, marca o início e o fim de duas linhas de consoles Nintendo.
Guardadas pequenas diferenças, a de lado, por exemplo, para a jogabilidade poder ser adaptada para o Wii-mote (no jogo para o Wii, o herói Link é destro, enquanto na versão de GameCube, é canhoto como em todos os games anteriores) e a possibilidade de tela widescreen(16:9) no Wii, estamos falando do mesmo game pixel por pixel.
Esse, sem dúvida, pode ser considerado o melhor Zelda já produzido, consumindo três anos da equipe de produção conduzida pelo renomado game designer e criador da série Shigeru Myamoto e pelo igualmente competente diretor Eiji Aonuma.
O destaque vai para as passagens de narrativa cinemática, a beleza dos visuais detalhados e a jogabilidade ousada, que quebra com o esquema anterior já consagrado (principalmente se jogado no Wii), resgatando alguns elementos dos games passados e os utilizando com maestria, incluindo-se aí combates cheios de ação até mesmo para os padrões “action-adventure-with-a-little-bit-of-RPG” de Zelda.
Isso, sem falar num roteiro mais maduro, para os “padrões-família” da Nintendo, com a inclusão de personagens mais bizarros como Midna e o próprio fato de Link se transformar em lobo no Twilight Realm, que lembra muito o Dark World de The Legend of Zelda: A Link to the Past para Super NES. Mas, os dois não são a mesma coisa, pois o Dark World era uma versão distorcida do mundo normal, enquanto o Twilight Realm é uma dimensão paralela, sombria e em expansão!
A ressalva fica apenas na parte sonora, que apesar de grandes efeitos e belíssimas composições musicais (na grande maioria remixes de The Legend of Zelda: Ocarina of Time para N64) assinadas pelo compositor “full time” da Nintendo e da maior parte dos games da saga, Koji Kondo, também responsável pelo adorável e grudento tema principal dos games do Super Mario, mas que ficaram em formato MIDI! Sendo que a promessa eram orquestrações reais gravadas no disco! O que passaria muito mais emoção do que algo compactado, só aceitável no tempo do cartucho! Mesmo assim, como foi dito, os temas musicais ficaram muito bonitos como manda a tradição da série.
Daí vem à pergunta: Twilight Princess sendo o melhor game Zelda já feito, seria o melhor game de todos os tempos superando Ocarina of Time do longínquo Nintendo 64, detentor desse título?
Bom, isso só o tempo dirá, apesar do novo Zelda já ser um clássico instantâneo, já estando presente inclusive, no topo de listas de “Melhores Games de 2006”, como na edição nacional da tradicional e respeitada publicação EGM Brasil. E, como todo clássico que se preze, Twilight Princess também apresenta uma grande história, senão The Legend of Zelda não seria a mais bela saga dos games.
O Surgimento da Lenda: Uma Brincadeira de Criança e uma Homenagem
The Legend of Zelda tem um storyline bem simples e carismático. E é exatamente por essa simplicidade que conquistou uma legião de fãs e admiradores durante todos esses anos.
A idéia para o game surgiu das brincadeiras do menino Shigeru Myamoto, em uma pequena floresta, nas proximidades de sua casa em Kyoto, onde saía para explorar a região, e onde, certa vez, encontrou uma caverna; ou uma “dungeon”! Para as mentes povoadas de fantasia dos jogadores de RPG!
Assim, de suas aventuras de criança (quem nunca teve as suas?) Myamoto reuniu os elementos que somados a sua grande criatividade e inventividade para criar puzzles, ambientes e personagens marcantes transformaram-se na onírica lenda de Zelda.
E, para coroar sua criação, deu o toque final batizando a princesa que intitula o game com o nome da esposa de um dos maiores escritores norte-americanos do século XX, Francis Scott Key Fitzgerald, numa singela homenagem. Zelda, para Myamoto é um nome “agradável e significativo”. Estavam, então, completos os elementos de composição inicial para a Lenda...E agora a história...
Uma História Simples como Lendas e Mitos Devem Ser...
Em uma época distante no tempo, três deusas criaram o mundo de Hyrule: Din, a deusa vermelha, com seus poderosos braços criou a terra. Naryu, a deusa azul, criou os céus, para guiar e dar ordem no mundo. E Farore, a deusa verde, criou os seres vivos, para habitar essa terra e serem seguidores da justiça.
Após o ato da criação, as três deusas unidas forjaram o Triforce, um artefato dourado simbolizando o equilíbrio do mundo e as virtudes de cada deusa – poder, coragem e sabedoria; três triângulos unidos pelos vértices formando um triângulo maior, que concederia um desejo a quem o possuísse.
Sendo um ser sem vontade, por ser um objeto, o Triforce não faz distinção entre Bem e Mal, e adere à personalidade de seu portador. Portanto se esse proprietário for de bom coração e boa índole uma era próspera de bondade se instalará.
Por outro lado se esse dono for vil e malvado, trevas e caos caíram sobre Hyrule. E, se esse guardião do Triforce for instável e desequilibrado, também o mundo passará por um período de descontrole.
Exatamente por isso, as deusas guardaram o Triforce em um mundo paralelo, conhecido apenas por “reino sagrado” ou “terra dourada”, esperando assim mantê-lo a salvo de ameaças e com isso o mundo e o tempo desse mundo em constante paz e equilíbrio, uma utopia, digamos, mágica.
Raças e Povos do Mundo de Hyrule
Existem inúmeras raças no mundo de Hyrule que já apareceram nos games da série. Porém aqui, falaremos apenas das cinco principais:
Hylians - A raça de Link, herói da história. É também a raça principal de Hyrule. Não são humanos, nem elfos, como muitos pensam, apesar das orelhas pontudas e das semelhanças nos trajes e vestimentas. Também não são chamados assim por morarem em Hyrule, já que também existem os Hyruleans. Têm esse nome por causa da raça Hylian mesmo. A princesa Zelda também é uma Hylian. Alguns Hylians possuem habilidades especiais, como a telepatia, já utilizada por Zelda para se comunicar com Link.
Kokiris – São os habitantes da floresta que nunca envelhecem. Recebem as orientações da Grande Árvore Deku para nunca deixar a floresta sob pena de se transformarem em Skull Kids se o fizerem. São alusões bem notáveis a Peter Pan: cada Koriri tem uma fadinha que o instrui e acompanha, protegendo-o. Os nomes dos Koriris são sempre junções de duas notas musicais: Mido, de Ocarina of Time, por exemplo, (Mi+Dó). Apenas Saria difere dessa regra.
Sheykahs - Povo de guerreiros ninja que tem como principal missão proteger a família real de Hyrule. Impa, a guardiã de Zelda, é uma Sheykah bem conhecida.
Zoras - Uma raça híbrida de humanóides com seres aquáticos de cultura altamente desenvolvida. Têm o corpo desenvolvido para a posição bípede, mas, no entanto, como seu ambiente natural é a água, possuem hidrodinâmica corporal perfeita. Geralmente, são um povo pacífico, com exceção feita aos River Zoras de The Wind Waker; nesse game, os River Zoras não são nada amistosos.
Gorons – Raça de seres muito fortes e corpulentos capazes de rolar em altíssima velocidade parecendo rochas. São muito amigáveis e estão sempre preocupados com seu estoque de pedras, seu tradicional alimento.
Gerudos – Ladrões do deserto, que tem o bando exclusivamente composto por mulheres lideradas por um homem que nasce a cada cem anos e que fica no comando do grupo até morrer. Ganon, o grande vilão da série se originou desse povo, visto apenas em Ocarina of Time. Na época ela ainda era Ganondorf Dragmire, e ainda estava em sua “forma humana”.
Os Episódios da Série e uma Cronologia Possível...
Não existe uma cronologia oficial dos games de The Legend of Zelda. Pelo menos não uma que fora levada ao conhecimento público dos gamers. Shigeru Myamoto, diz que existe um documento em que consta a linha de tempo exata de todos os episódios da série de games. E Eiji Aonuma, certa vez disse que se comprometeria em revelar essa linha de tempo completa, quando não estivesse ocupado no desenvolvimento de novos games.
Bom, pelo visto esperar é preciso! Pois sabe-se que Link não é o mesmo em todos os games, assim como acontece com outros personagens.
Mesmo assim, pela ordem dos eventos ocorridos nos games, é possível tentar traçar uma Cronologia, no sentido ascendente, ou seja, do título mais antigo para o mais recente historicamente no mundo de Zelda. Lembrando-se apenas que essa Cronologia não é oficial, mas é a mais aceita pelos gamers. Aproveitaremos, então para falar um pouco sobre cada game, vamos lá!
#1) The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Console: Nintendo 64
Datas de lançamento: Novembro de 1998 (Japão e EUA), Dezembro de 1998(Europa) e Dezembro de 2003 (China, para iQue)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho de 256 Megabits com bateria interna
para até três arquivos de “save game”.
Celebrado mundialmente como o melhor videogame de todos os tempos, Ocarina of Time ostenta orgulhosamente o título, equilibrando um perfeito game design, um harmonioso conjunto de belos gráficos e sons e uma jogabilidade livre para explorar as mais insanas dungeons já projetadas num ambiente 3D, rico em vívidos e impressionantes detalhes.
É sem dúvida, o mais antigo dos episódios. Aqui, Ganondorf era apenas um ladrão sem possuir o Triforce, como acontece nos outros games. E é também a primeira vez que surge a Master Sword na série.
O storyline do game é simples, mas envolve detalhes interessantes e expande ainda mais os conceitos do universo de Zelda: após sempre ter o mesmo pesadelo em que “vê” um castelo misterioso em sua frente durante uma tempestade, e dois cavaleiros que passam, um com uma garota sendo carregada parecendo querer dizer algo e outro, um homem grande, vestido de negro que o encara ameaçadoramente, Link acorda sobressaltado.
No mesmo dia, a grande árvore Deku, protetora das crianças da floresta, os Koriri, convoca Navi, uma fada guardiã. Ela deve guiar Link até a grande árvore, que conta uma história sobre a maldição que foi lançada sobre ela por um homem vestido de negro. Diz ainda que o mundo está mudando e sendo tomado por criaturas malignas, e que chegou a hora de Link provar sua coragem, porque ele seria futuramente o herói do tempo!
Sua tarefa seria impedir que o maligno homem de negro (Ganon é claro!) roubasse o Triforce emergindo o mundo em caos e terror, e, deveria também entregar a Pedra Espiritual, (a Kokiri’s Emerald, que lhe é dada pela própria grande árvore Deku) para a Princesa do Destino (Nem precisamos dizer quem é!) no Castelo de Hyrule. Pronto! Agora, Link conta com a proteção de Navi, sua fadinha que o orienta, e deve partir o mais rápido possível para o castelo de Hyrule a fim de concretizar sua corajosa missão.
Todas as mais conceituadas revistas e sites de games do mundo deram nota máxima ao game. Incluindo-se aí a exigente revista japonesa Weekly Famitsu, que concedeu a Ocarina of Time uma honraria inédita em sua história de vários anos de publicação: quatro notas 10! Quebrando o recorde anterior, que por sinal era de outro Zelda, o de Super Nintendo (The Legend of Zelda: A Link to the Past).
Também a revista Nintendo Power considerou o jogo como a obra máxima da Nintendo (uma obra que ficara no “forno” da produção por mais de três anos!)
O cartucho vendeu nos primeiros dois dias 433.623 exemplares! E hoje seus números somam mais de 7,6 milhões de unidades vendidas. Na época de seu lançamento no Japão, muitas pessoas estavam comprando o Nintendo 64 apenas para jogar o game. O que alavancou as vendas do console na semana de 16/11/98 a 22/11/98, que chegaram a 35.419 unidades de N64 vendidas contra 17.374 unidades de Playstations vendidos. Uma alta semanal de 41,3% das vendas de console que representaria uma média dez vezes maior que a das semanas anteriores. Ocarina of Time é o primeiro game de Zelda de nossa Cronologia.
#2) The Legend of Zelda : Majora’s Mask
Console: Nintendo 64
Datas de lançamento: Abril de 2000 (Japão),
Outubro de 2000(EUA) e Dezembro de 2000 (Europa)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho de 256 Megabits
com uso do cartucho de expansão de 4MB de memória.
Aventura que se situa após os eventos de Ocarina of Time, com Link retornando aos tempos de criança e saindo em perseguição a um Skull Kid que havia roubado Epona, a égua amiga de Link e sua fiel montaria. Nessa confusão, Link vai parar em uma dimensão paralela (mais uma!) a Hyrule chamada Termina, tendo agora que resolver um grande problema: evitar que a Lua caia sobre o mundo em menos de três dias!
Nesse game a princesa Zelda só aparece em um flashback e Ganon não é o costumeiro inimigo, já que dessa vez os inimigos são o Skull Kid e a Majora’s Mask.
Excelente game que fez a alegria dos que queriam voltar aquele fabuloso mundo (mesmo que em outra dimensão!).
Foi considerado “O Império Contra-Ataca” (“The Empire Strikes Back”) da saga no Nintendo 64 pelo site especializado em games IGN, em alusão ao segundo episódio da saga de filmes de ficção científica/aventura da trilogia original de Star Wars, obra do diretor de cinema George Lucas, por ser, de acordo com o site, mais sombria, inteligente e contar melhor a trama, sendo um game da mesma franquia.
É o segundo, portanto, na nossa Cronologia e o mais bizarro dos games de Zelda até agora.
Obs: Há uma teoria interessante que surge aqui, e que poderia explicar porque nesse game Link aparece de novo como criança: Em Ocarina of Time, Link pode voltar no tempo tocando a ocarina. As suspeitas então, são de que a partir dos eventos mostrados no game, a linha do tempo de Zelda tenha sido dividida em duas: uma mostrando a continuidade da vida de Link como criança e a outra seguindo direto no tempo em que o herói já está na fase adulta (como na última parte de Ocarina).
#3) The Legend of Zelda : Twilight Princess
Console(s): Nintendo Wii e Nintendo GameCube
Datas de lançamentos: Nintendo Wii: Novembro de 2006(Eua). Dezembro de 2006(Japão, Europa e Austrália) e Nintendo GameCube: Dezembro(EUA, Japão, Europa e Austrália)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Disco Ótico de 12cm com + de 1,5 GB de Capacidade (Wii) e Disco Ótico de 1.5 GB (Nintendo GameCube).
Segundo nossas informações e pelo storyline do game, somos levados a crer que esse seria o terceiro na Cronologia, até pelas ligações com Ocarina of Time e The Wind Waker.
O game começa na vila de Ordon, com Link inicialmente sendo um rancheiro. Após monstros do Twilight Realm, a dimensão do crepúsculo, começarem a aparecer e atacar os habitantes do Rancho, Link vai até Hyrule para saber o que acontece e encontra vários inimigos. Com a ajuda de Midna uma estranha criatura, Link, agora com a habilidade de se transformar em lobo (no Twilight Realm) tentará impedir que essa dimensão do crepúsculo se espalhe por Hyrule.
O aguardado Twilight Princess supera mais uma vez todas as expectativas que cercam sempre um game de Zelda. Desde de o seu conceito até a sua história, mais detalhada que as dos demais; esse é um Zelda muito mais direcionado pela trama do que pelas dungeons. E que começa agora a trilhar seu caminho de sucesso, recebendo notas excelentes pela maioria dos sites e crítica de games especializada, iniciando uma promissora trajetória no Wii e encerrando as atividades do Cubo.
#4) The Legend of Zelda : The Wind Waker
Console: Nintendo GameCube
Datas de lançamento: Dezembro de 2002 (Japão),
Março de 2003 (Eua) e Maio de 2003 (Europa)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Disco Ótico de 1.5 GB
Num mundo repleto de água Link vai viver grandes aventuras em The Legend of Zelda: The Wind Waker. Um episódio marcante de Zelda com visual de cartoon!
O game também conquistou a avaliação máxima de 40/40 pela revista japonesa Weekly Famitsu e nos levou direto para uma sensacional história com muitos elementos que confirmam a “teoria das duas linhas do tempo de Ocarina of Time”; aquela do Link criança e do Link adulto seguindo por caminhos e tempos diferentes em diferentes histórias: aqui o Link adulto seguiria por esse mundo inundado, sem jamais recuperar sua paz completa.
Vários momentos do enredo apontam nessa direção enquanto outros contradizem a “teoria”. Esse é o quarto game de Zelda em nossa Cronologia.
#5) The Legend of Zelda : Phantom Hourglass
Console: Nintendo DS
Data de lançamento: Previsto para Outubro de 2007 (Japão)
Desenvolvimento e Produção: Nintendo
Mídia: Cartucho
O quinto game de Zelda a aparecer cronologicamente em nossa lista, ainda nem foi lançado, mas espera-se que o game chegue às lojas (pelo menos no Japão) em março de 2007. Pelas informações liberadas até agora, o game segue o mesmo estilo cartunesco de The Wind Waker, e parece acontecer no mesmo mundo quase que completamente tomado pelas águas. Mas, segundo Eiji Aonuma, isso não significa que se trata de uma continuação do aclamado game de 2003.
Bom, vamos aguardar e ver quais as funcionalidades que o game vai utilizar das características únicas do Nintendo DS: as duas telas(sendo uma de toque) e a Stylus.
#6) The Legend of Zelda : Oracle of Ages & Oracle of Seasons
Console: Game Boy Color
Datas de lançamento: Fevereiro de 2001 (Japão),
Maio de 2001(EUA) e Outubro de 2001(Europa)
Produção: Nintendo
Desenvolvimento: Flagship (uma divisão da Capcom)
Mídia: Cartucho
Inicialmente pensado como uma trilogia que conteria remakes dos dois primeiros Zelda de NES (Nintendo Entertainment System) e um jogo inédito, o projeto foi vetado por Myamoto, que não gostou da idéia vinda da Flagship, que estava desenvolvendo o game.
Depois, a idéia era criar uma outra trilogia a Triforce Trilogy, que teria três games inéditos que se ligariam por passwords: Mystical Seed of Power, Wisdom and Courage. Esse projeto também não deu certo, dessa vez por problemas operacionais.
A solução então foi lançar apenas dois games, intitulados Oracle of Ages e Oracle of Seasons; dois games que se complementariam da seguinte forma: ao terminar um game se poderia jogar o outro utilizando uma password que seria liberada no fim do primeiro, só assim seria possível ver o verdadeiro final e ter completado toda a trama. Os games poderiam ser jogados em qualquer ordem, e enquanto Ages se concentrava na ação dentro das dungeons em seasons o lance era solucionar puzzles durante todo o desenrolar do game. Esse foi o sexto game na nossa lista cronológica (que na verdade são dois!).
#7) The Legend of Zelda : The Minish Cap
Console: Game Boy Advance
Datas de lançamento: Novembro de 2004 (Japão), Janeiro de 2005(EUA) e Novembro de 2004(Europa)
Produção: Nintendo
Desenvolvimento: Flagship (uma divisão da Capcom)
Mídia: Cartucho
Considerado o melhor game produzido até agora para GBA (Game Boy Advance) The Minish Cap, conseguiu as maiores pontuações em todas as listas feitas para a plataforma em 2005. Foi rivalizado apenas por Castlevania: Aria of Sorrow (da softhouse Konami), segundo uma eleição para melhor game do portátil feita pela revista Nintendo Power. Nessa eleição, The Minish Cap ficou na segunda posição, atrás do clássico game da Konami.
Os gráficos do game são da melhor qualidade, com tonalidades de cores vivas e sprites bem elaborados. As sidequests são variadas, como as buscas pelas partes das Kinstones e a coleta das estatuetas chamadas de figurines, que podem ser colecionadas como em The Wind Waker.
O game situa-se na sétima posição da Cronologia de Zelda por acontecer antes da aventura retratada em Four Swords.
#8) The Legend of Zelda : Four Swords & Four Swords Adventures
Console(s): Game Boy Advance e Nintendo GameCube
Datas de lançamento: Março de 2004 (Japão),
Junho de 2004(EUA) e Janeiro de 2005(Europa)
Produção: Nintendo
Desenvolvimento: Capcom Production Studio 2
Mídia: Cartucho (Game Boy Advance) e
Disco Ótico de 1.5 GB (Nintendo GameCube)
O Four Swords original era um game que acompanhava o remake de A Link to the Past para o Game Boy Advance no mesmo cartucho. Nele os gamers poderiam em até quatro jogadores desfrutar das aventuras que aconteciam no mesmo mundo de Hyrule de A Link to the Past, num modo cooperativo para concluir as dungeons e, ao mesmo tempo competitivo, disputando para ver quem ficava com mais tesouros no final.
A seqüência, Four Swords Adventures foi lançada para GameCube e adicionava novos modos de jogo ao original: tradicional, Shadow Battle (um multiplayer competitivo) e outro presente apenas na versão japonesa chamado Navy Trackers, onde os jogadores precisavam seguir as orientações de Tetra para encontrar os piratas que estavam por todo o cenário. Esse modo é o primeiro a incluir vozes para os personagens de Zelda oficialmente, uma inovação na série! A conexão do GameCube com o Game Boy Advance também era exigida nesse game.
Dentro da Cronologia Zelda, os dois mantém estreitas relações com The Minish Cap, mas se passam muito depois deste, sendo o oitavo game, já que juntos se complementam como um só.
#9) The Legend of Zelda : A Link to the Past
Console: Super Nintendo Entertainment System(Snes)
Datas de lançamento: Novembro de 1991 (Japão),
Abril de 1992(EUA) e Novembro de 1992(Europa)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho
Um grande clássico dos videogames e um dos melhores games já produzidos para um console (na época o Snes, com seu hardware de 16 bits), tanto em conceito de game, design e apresentação geral, além de é claro, um fator diversão monstruoso! Assim é The Legend of Zelda: A Link to the Past, ainda hoje reconhecido como uma grande realização da Nintendo na indústria dos jogos eletrônicos.
Só de ouvir a música “Overworld Theme from Zelda”, você já sabia que se tratava de A Link to the Past. A ausência dessa música, o tema principal da série de games de Zelda, apesar de bem substituída por outra de “mesmo espírito”, em Ocarina of Time foi extremamente sentida pelos gamers e fãs da série, que ansiavam por ouvir o clássico tema em 64 bits.
Muitos elementos da série usados até hoje apareceram pela primeira vez aqui, como por exemplo, o hookshot (gancho), o item que serve para múltiplas funções no jogo entre elas: alcançar lugares de difícil acesso e mesmo como arma! E a Master Sword, a grande arma do game, a lendária Espada Mestra, que na prática, apareceu primeiro em A Link to the Past, mas que cronologicamente, como vimos, aparece primeiro em Ocarina of Time.
O game manteve o recorde de notas 39/40 da revista Weekly Famitsu no Japão, por muito tempo até ser superado por Ocarina of Time. A Link to the Past é, então, o nono game de Zelda a figurar na nossa Cronologia.
#10) The Legend of Zelda : Link’s Awakening
Console: Game Boy e Game Boy Color
Datas de lançamento: Junho de 1993 (Japão), Agosto de 1993(EUA) e Dezembro de 1998 (Versão de Game Boy Color: Link’s Awakening DX).
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho
Único capítulo da série que acontece fora de Hyrule e onde também a princesa Zelda não aparece nenhuma vez, nem mesmo em flashbacks como em Majora’s Mask.
O enredo desenvolve-se com Link se perdendo em uma viagem de barco que o leva para longe de Hyrule, fazendo-o parar na Ilha de Koholint, após forte tempestade. Na ilha, Link conversa com uma garota chamada Marin, que explica onde ele se encontra. E acaba fazendo novas descobertas, que o levam a partir em uma aventura onde terá de tocar oito instrumentos musicais para acordar o Wind Fish (Peixe Vento), que estava adormecido dentro de um ovo! Salvando a ilha, e podendo, assim, retornar a Hyrule. Com enredo surreal, esse game de Zelda está cronologicamente posicionado no décimo lugar em nossa lista.
Obs: O game teve um remake para Game Boy Color (Link’s Awakening DX), lançado em 1998 com uma nova dungeon e a possibilidade de imprimir umas fotos de situações bem engraçadas dos personagens.
#11) The Legend of Zelda
Console: Nintendo Entertainment System
Datas de lançamento: Fevereiro de 1986 (Japão), Agosto de 1987(EUA) e Novembro de 1987(Europa)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho com bateria interna para “save games”
O game que iniciou toda a saga e também o Famicom Disk System no Japão, relançado um ano depois em formato de cartucho nos EUA. Também foi o primeiro cartucho onde se podia salvar o progresso e continuar depois, graças a uma bateria interna. O começo de tudo: dungeons complexas, inimigos desafiadores, Princesa Zelda, Ganon, Impa em uma mistura de action-adventure com elementos de RPG muito divertida e interessante.
No storyline: Ganon, o maligno ser da escuridão, rouba parte do Triforce, e causa um verdadeiro pandemônio em Hyrule. A princesa Zelda, para salvar o que restava do Triforce, quebra-o em oito pedaços e os espalha em labirintos por todo o reino. Perseguida pelas forças de Ganon e em busca de ajuda, Impa, a guardiã de Zelda, acaba por encontrar Link que a salva dos seus perseguidores que a encurralavam na floresta. Impa explica o ocorrido a Link, que resolve então reunir todos os pedaços do Triforce e enfrentar Ganon, libertando o reino de Hyrule de sua tirania.
O game vendeu 6,5 milhões de unidades e ocupa a penúltima posição dos games de Zelda nessa Cronologia.
#12) Zelda II :The Adventure of Link
Console: Nintendo Entertainment System(NES)
Datas de lançamento: Janeiro de 1987 (Japão),
Dezembro de 1988(EUA) e Novembro de 1988(Europa)
Produção e Desenvolvimento: Nintendo
Mídia: Cartucho com bateria interna para “save games”
O último game de nossa Cronologia de games de Zelda, é o segundo lançamento da franquia, que figura como o mais “diferente” de todos os outros Zeldas já lançados: o game é um “side-scrolling”, com muitos elementos de RPG como magias e, principalmente pontos de experiência. Bem, como a coleta de informações durante o jogo com NPC’s que dizem coisas importantes para a resolução de puzzles, por exemplo.
A missão de Link agora é a de a encontrar os seis pedaços de um cristal mágico, para poder entrar nas ruínas de um palácio, onde se encontra um mago malvado seguidor de Ganon. Link precisa derrotá-lo para libertar a princesa Zelda, que está adormecida por um feitiço lançado por esse mago, e em seu poder!
Muitos dos personagens clássicos conhecidos fazem sua estréia nesse game, como Rauru e Volvagia.
Sem dúvida é um Zelda diferente dos demais, mas que acrescenta inovações que aumentam a diversidade de estilo e jogabilidade da série como um todo. E permanece na memória como um dos games mais populares da era 8 bits do Nes( Nintendo Entertainment System).
Mangás, Desenho Animado e “Versões Paralelas”...
Com o enorme sucesso da franquia, Zelda também chegou aos quadrinhos japoneses, os mangás. Eles foram produzidos com a autorização da Nintendo, mas nunca foram traduzidos (pelo menos oficialmente) para outros idiomas fora do Japão. Com exceção de The Wind Waker, todas as aventuras desde A Link to the Past foram adaptadas para mangá, apresentando adições interessantes a saga, bem como versões alternativas de diversos eventos importantes.
Akira Himekawa é o autor de toda a série, que inclui as quadrinizações para Majora’s Mask (que apresenta uma nova origem para a Majora’s Mask diferente da mostrada no game), os dois episódios de Oracles – Oracle of Ages e Oracle of Seasons (os que mais se diferenciam em termos de história em relação aos games), Ocarina of Time (dividida em dois livros – Child Saga e Adult Saga), Four Swords Adventures (aventuras protagonizadas por quatro Links de personalidades diferentes!) e The Minish Cap (o mais recente, lançado no início de 2006 no Japão e com um estilo mais infantil que os demais), além de é claro, A Link to the Past (com um subtítulo de Triforce of Gods).
Shotaro Ishinomori (autor de “Cyborg 009”, “Masked Rider” e “Hotel”) também produziu uma versão para A Link to the Past encomendada pela revista Nintendo Power. Essa versão apesar de bem interessante e estilizada, é considerada uma versão mais “alternativa” que a de Himekawa, considerada mais oficial.
Quanto ao desenho animado, foram produzidos 13 episódios nos Estados Unidos e lançados em DVD há pouco tempo atrás. É recomendado apenas para os fãs mais hardcore de Zelda (entenda-se fanáticos mesmo!), pois as relações com a série são bem fracas, justificando – se apenas por serem os mesmos personagens.
E as tais “versões paralelas”, foram games produzidos sem o envolvimento da Nintendo, apenas como cumprimento de um acordo entre Nintendo e Philips, que na época estavam naquela história do desenvolvimento de um drive de CD-ROM para o Super Nintendo (Snes).
Como o projeto do drive não deu certo, a Nintendo liberou o “uso” de seus personagens para que a Philips desenvolvesse, através de uma empresa chamada Animation Magic, games do Super Mario e de Zelda para seu então novo console, o CD-i (na realidade, o aparelho era mais um VCD - player do que um console de videogame).
Os games lançados são tão inacreditavelmente ruins, que quase não vale a pena conferí-los! Apenas por curiosidade histórica! Foram lançados três títulos, a saber: Link: The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon e Zelda’s Adventure.
A “Escola de Zelda” e o Futuro da Franquia: O que Podemos Esperar?
Ao longo de mais de vinte anos de vida, The Legend of Zelda vêm consolidando o gênero action/adventure com toques de RPG e resolução de puzzles com muita diversão, encantando gerações com seus games bem elaborados que fizeram “escola”, sendo referencial prático para muitas outras produtoras de games, que basearam seus jogos aproveitando designs e conceitos de jogabilidade mostrados nas aventuras de Link. Alguns desses jogos que podemos elencar aqui são: Crystalis(da SNK para NES de 1990), Soul Blazer(da Enix para Snes de 1992, a série Legend of Mana(da Squaresoft iniciada em1987 como Seiken Densetsu: The Emergence of Excalibur - cancelada no Famicom Disk System- para ressurgir como Gemma Knights, Seiken Densetsu: Final Fantasy Gaiden no Game Boy em 1991),e mais recentemente, Alundra ( da Working Designs/Scei para Playstation em 1997) e Brave Fencer Musashi(também da SquareSoft).
O game também proporcionou uma parceria fantástica e histórica com a Capcom e suas divisões (Flagship e Capcom Production Studio 2) que renderam bons frutos para a franquia com os Oracles, o remake de a A Link to the Past, os dois Four Swords e The Minish Cap, produzidos em conjunto entre as duas gigantes nipônicas dos games.
E vem mais novidade por aí: “[Twilight Princess]” será, sem dúvida, o último jogo Zelda da maneira que vocês conhecem em sua forma atual “.
Palavras do próprio mestre Shigeru Myamoto. E a julgar pelos doze games de Zelda lançados até agora, que somam aproximadamente, 47 milhões de unidades vendidas e um enorme prestígio na industria de desenvolvimento de videogames, o criador de Super Mario Bros., Donkey Kong, Star Fox entre outros, parece não estar brincando.
Por enquanto, podemos apenas imaginar, especular bastante e olhar para todos os games de Zelda, retrospectivamente, e, num exercício de projeção do futuro, visualizar a experiência de jogar novas aventuras dessa belíssima saga no mundo mágico de Hyrule.
Referências na internet:
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Legend_of_Zelda
Links externos:
Zelda.com: Site Oficial americano
Hyrule Legends: Site não-oficial brasileiro
Domínio de Zelda: Site não-oficial brasileiro
Hyrule.com.br Site não-oficial brasileiro
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